sábado, 28 de maio de 2011

Reforma da Biblioteca Olavo Correia Lima

Por: Carlucio de Brito Baima


Fundada em 2002 como setor integrante do Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia do Maranhão a Biblioteca Olavo Correia Lima foi iniciada a partir da doação de aproximadamente 3000 volumes pela família do Prof. Dr. Olavo Correia Lima, intelectual do Maranhão que atuou nas áreas da Medicina, Antropologia, Arqueologia, Etnologia entre outros interesses. Após a sua morte,em 1997,a família por intermédio do chefe do CPHNAMA doou o referido acervo a Secretaria de Estado da Cultura que o armazenou no almoxarifado de sua propriedade até a fundação do CPHNAMA onde atualmente tais volumes compõem o referido espaço cultural.
Uma vez que o imóvel que abriga a instituição sofreu uma recente reforma com a otimização dos espaços expositivos, resolveu-se incluir a Biblioteca, atualmente em reforma, entre as ações objetivando a melhoria e adequação das instalações para um atendimento de qualidade aos frequentadores da Biblioteca Olavo Correia Lima.

Revirando o baú

Reportagem antiga de uma ação na Biblioteca Municipal José Sarney no Bairro de Fátima durante a Semana do Livro Infantil, a maioria era estagiários na época e grande parte já estão formados.

Biblioteca Central da UFMA inovada e ampliada: essa é a verdade !

Ao vivo, no Programa Cidade Universitária na Rádio Universidade(106,9) dia 27.05, às 12:00h, a Jornalista e assessora de comunicação da UFMA, Profa. Ms. Giselle Marques, informa a verdade sobre falsos dados divulgados contra a Insituição, pela rede Globo.

Na reportagem equivocada do Jornal da Globo, a biblioteca mostrada não é a Central da UFMA, e sim a antiga setorial de Farmácia, localizada no Palácio das Lágrimas,centro histórico de São Luís,onde ainda estão apenas os livros considerados Clássicos da área. O curso funciona atualmente, quase em quase sua totalidade, em novas e modernas instalaçãoes no Campus do Bacanga.

Segundo a diretora da Biblioteca Central, Conceição Pereira de Souza, no que tange ao curso de Farmácia foram colocados à disposição 2 mil livros novos no acervo e acrescentou: A biblioteca digital já possui 3.500 e-books, em 2007 eram 180.266 exemplares, hoje o acervo bibliográfico da universidade federal é de 307.100 obras. Ela detalhou também: ...Portanto, foi realizada praticamente a duplicação do acervo,e ainda investimentos na capacitação de pessoal, aumento do número de bolsistas, investimento em segurança e área tecnológica, como o acesso remoto ao Portal da Capes e instalação de rede sem fio, destacou a bibliotecária.

Temos também: Repositório Institucional

A Biblioteca Digital da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) tem agora seu Repositório Institucional registrado no ROAR (Registry of Open Access Repositories) e no OpenDOAR (The Directory of Open Access Repositories), que são organizações mundiais que reúnem, em forma de acesso aberto, os melhores repositores e servem como um filtro de qualidade.

Esse registro possibilita uma maior visibilidade da produção intelectual da instituição, o que contribui diretamente para uma melhor avaliação científica não só local, mas também nacional. “É importante ressaltar que a divulgação de pesquisas feitas na universidade reflete na sociedade também. Essa é uma forma de dar retorno ao investimento feito para a pesquisa, permitindo fácil acesso tanto para a comunidade acadêmica presencial como para o ensino a distância”, é o que reflete Aparecida Cruz, coordenadora da Biblioteca Digital e do Repositório Institucional da UFMA.

Ouça aqui o programa Cidade Universitária, edição de 27 de maio 2011



Saiba mais sobre a Biblioteca Digital:

A Biblioteca Digital da UFMA tem como objetivo reunir, tratar, conservar e disseminar, em meio eletrônico, a produção técnico-científica gerada pelos Programas de Pós-graduação da Universidade Federal do Maranhão. Pela web torna-se possível ter acesso ao texto completo das dissertações e teses defendidas nos programas de Pós-Graduação, sendo a mesma integrada a Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do IBICT, em nível nacional, e internacional pela Networked Digital Library of Theses and Dissertations - NDLTD, da Virginia Tech University.

Assista ao vídeo da atual Biblioteca Central da UFMA

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Reportagem na Você S/A

Reportagem interessante que pode servir de inspiração na Você S/A do mês de maio de 2011.

Resultado do Concurso para UFMA


RELAÇÃO FINAL DOS CANDIDATOS APROVADOS E CLASSIFICADOS

1 MARLA DE RIBAMAR SILVA SILVEIRA
1 JOSEANA COSTA LEMOS
2 JANE DE SOUSA CAMPOS
3 MARLA DE SOUSA ROSA BERTOLLA
4 IOLE COSTA PINHEIRO

Parabéns as aprovadas!
Fonte:  http://www.concursos.ufma.br/resultados/Resultado_Geral_PRH_2011.pdf

segunda-feira, 16 de maio de 2011

ProQuest: testes de produtos para Portal de Periódicos da CAPES

Até o dia 29 deste mês estará em teste a interface informacional da PROQUEST

O Núcleo Integrado de Bibliotecas (NIB-UFMA) informa que até dia 29 de maio de 2011 está disponível o acesso a dissertações e teses dos EUA, jornais históricos (The Washington Post) dentre outros produtos da ProQuest. O Portal de Periódicos da CAPES antes de adquirir os materiais coloca-os em consulta pública, desta forma, até o dia 29 deste mês estará em teste a Interface Informacional da PROQUEST .


A plataforma disponibiliza seus recursos de busca em português. Os materiais disponibilizados para teste são: Dissertações e Teses; Teses e Dissertações da ProQuest A & I. Este banco de dados é a mais completa coleção do mundo de dissertações e teses de todo o mundo, abrangendo a partir de 1861 até os dias atuais.
Envie as opiniões sobre os produtos que estão disponíveis para avaliação, para o email elson.freire@latin.proquest.com. Apresentaremos a CAPES uma compilação imparcial de todas as opiniões, no momento mais adequado.
Não perca tempo e acesse você também, em qualquer computador da Universidade Federal do Maranhão e na zona wi-fi da Instituição.
Link para o teste: http://search.proquest.com/index?accountid=9876

Camila Carneiro/Ascom/UFMA

Fonte:http://www.ufma.br/noticias/noticias.php?cod=10625

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Exposição Itinerante Casa de Cultura Josué Montello em Coelho Netto

No período de 28 a 31 de março a Exposição Itinerante da Casa de Cultura Josué Montello esteve no município de Coelho Neto.
Montada no Teatro Municipal Dep. Bacelar com capacidade para 300 pessoas, a exposição foi visitada por alunos das escolas das redes pública municipal,estadual e particular e pela comunidade em geral.
Estiveram presentes alunos das Escolas: UEB José Sarney; Escola Santana, Escola Julieta Melo, Escola Benedito, Escola São francisco, Escola Raimundo, Escola Justino, Escola Izabel café, escola Dioego, Escola Maria Regina, Centro de Ensino Médio José Sarney, Centro de Ensino Médio Magno bacelar, Escola Santa Úrsula, Escola Chapeuzinho Vermelho, Escola Espírita Maria de Nazaré, Escola Leozinho Sabido e estudantes do Centro de Ensino Superior de Coelho neto - UEMA. Totalizando 17 instituições de ensino com aproximadamente 1.500 estudantes.



Avaliamos o resultado positivo em mais essa etapa do Projeto, que até agora já percorreu 13 municipios maranhenses divulgando o livro a literatura e a cultura maranhense.




Fonte: http://www.facebook.com/profile.phpid=100000888743653#!/media/set/set=a.109902305757960.18502.100002145748756&notif_t=photo_album_reply

São Luís na 9ª Semana Nacional de Museus



Por: José de Mário Moraes Ferreira

Em celebração ao Dia Internacional dos Museus (18 de maio), acontecerá a 9° Semana Nacional dos Museus, promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus-IBRAM e realiza em São Luís através da Secretaria de Estado da Cultura, via Museu Histórico e Artístico do Maranhão. A Semana será realizada entre os dias 17 e 20 de maio com o tema Museu e Memória, comemorado por várias instituições museológicas em todo o mundo.
A realização conta com a adesão de diversas instituições como casas de cultura, galerias, rede sociais, bibliotecas, arquivos, etc. considerando a importância destas representações como lugares de memória.
O Museu Histórico e Artístico do Maranhão (MHAM), localizado na Rua do Sol, 302-Centro, preparou uma vasta programação com exposições, visitas monitoradas, palestras, documentários, Projeto Conta Contos e Tambor de Crioula. “O objetivo é que os museus chamem atenção para a possibilidade de uma interlocução com a sociedade no qual estão inseridos”, enfatiza Maria Luiza Raposo, diretora do MHAM. “A Semana consolida representações de várias memórias existentes”, completou.
O IBRAM acredita que lidar com a memória de modo crítico é um desafio para os museus contemporâneos. A iniciativa da Semana Nacional dos Museus é responsável pela maior freqüência da população nas atividades museológicas Outra resposta positiva é o fortalecimento do potencial turístico para a cidade.
Para Graça Nina que atua no serviço de difusão cultural do MAHM através de ações educativas, o museu, é mais que um espaço de preservação de bens patrimoniais, é um lugar de produção de conhecimento e referência da memória.
Sobre o MHAM
O Museu Histórico e Artístico do Maranhão é um órgão da Secretaria de Estado da Cultura, reconhecido como a instituição museológica de acervo erudito mais importante do Estado. O MHAM, tem em sua estrutura um acervo que retrata uma casa de época do século XIX, composto por aproximadamente 10.000 mil peças, cuja missão é zelar pelo patrimônio maranhense. É um local privilegiado para difusão cultural através de projeções de filmes, exposições de curta, visitas monitoradas, espetáculos teatrais, palestras e debates, projetos de dinamização educacional, etc.
O MHAM possui ainda outros anexos importantes, dentre eles o Museu de Artes Visuais, o Museus de Artes Sacras, a Cafua das Mercês, a Capela do Senhor dos Navegantes e a Capela do São José das Laranjeiras. Informações sobre o Museu pode ser adquirida pelo e-mail: acaocultural.mham@gmail.com ou por telefone: (98)3218-9920 (98) 32189922.

Programação da 9° Semana Nacional de Museus
Museu e Memória
Subtema: Religiosidade popular e Sincretismo: suas origens e descendências no Maranhão.

Dia 17/05 - Abertura
17h - Palestra: A Importância do Museu como espaço de Memória
18h - Apresentação de Caixeiras do Divino - MHAM

Dia 18/05
09h às 12h – Visita monitorada ao Museu de Arte Sacra – MAS
- Exibição de Documentário sobre Sincretismo Religioso - MHAM
14h às 17h30 – Visita monitorada ao Museu de Arte Sacra – MAS
- Exibição de Documentário sobre Sincretismo Religioso - MHAM
17h – Palestra: Religiosidade Popular e Sincretismo Religioso - MHAM
19h – Exposição Fotográfica “Zeladores de Voduns e outras entidades do Benin ao Maranhão” – Márcio Vasconcelos – Museu de Artes Visuais - MAV

Dia 19/05
09h às 10h – Projeto Conta Contos: Encenação de Lenda de Nossa Senhora da Vitória na Batalha de Guaxenduba entre portugueses e franceses - MHAM
10h às 12h – Visita monitorada ao Museu de Arte Sacra - MAS
- Exibição de Documentário sobre Sincretismo Religioso - MHAM
13 às 17h – Visita monitorada ao Museu de Arte Sacra - MAS
- Exibição de Documentário sobre Sincretismo Religioso – MHAM

Dia 20/05
09h às 10h – Projeto Conta Contos: Encenação de Lenda de Nossa Senhora da Vitória na Batalha de Guaxenduba entre portugueses e franceses – MHAM
Visita monitorada no circuito do MAS
09h às 12h – Visita monitorada no circuito de exposição da Cafua das Mercês
09h às 12h – Visita monitorada no circuito do MAS
- Exibição de Documentário sobre Sincretismo Religioso – MHAM
13h às 17h – Visita monitorada no circuito de exposição da Cafua das Mercês
17h - Apresentação de Tambor de Crioula – Cafua das Mercês


Texto: Patrícia Godinho (Ascom.Secma)
Foto: Cartaz/Divulgação

terça-feira, 10 de maio de 2011

Entrevista com Edmir Perrotti: Biblioteca Não é depósito de livros

 

Idealizador de redes de leitura em escolas diz que é função do educador ajudar os estudantes a processar as informações do acervo


Desafios como a criação do hábito da leitura entre crianças e adolescentes, as novidades tecnológicas, a ampliação do acesso ao ensino e a sofisticação do mercado editorial levaram o professor Edmir Perrotti a uma nova concepção de biblioteca escolar e de seu papel pedagógico. Com formação em Biblioteconomia - área que combinou com seu interesse em Educação -, ele é docente da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, conselheiro do Ministério da Educação para a política de formação de leitores e autor de livros infantis. Perrotti orientou a implantação de redes de bibliotecas inovadoras nas escolas municipais de São Bernardo do Campo, Diadema e Jaguariúna, no estado de São Paulo. Nessas estações de conhecimento, como ele prefere chamá-las, a aprendizagem é estimulada pela presença de suportes tecnológicos, como o computador e a televisão. Em um ambiente que convida as crianças a descobrir e aprofundar o prazer da leitura, os livros convivem com outras linguagens, como a do teatro. "Assim trabalha-se o contato com as informações e também o processamento delas", diz. Ex-professor da Universidade de Bordeaux, na França, e de escolas de Ensino Fundamental no Brasil, além de editor e crítico literário, Perrotti concedeu a seguinte entrevista a NOVA ESCOLA.

O que deve orientar a constituição de uma biblioteca escolar?
Edimir Perrotti Ela não pode restringir-se a um papel meramente didático-pedagógico, ou seja, o de dar apoio para o programa dos professores. Há um eixo educativo que a biblioteca tem de seguir, mas sua configuração deve extrapolar esse limite, porque o eixo cultural é igualmente essencial. Isso significa trazer autores para conversar, discutir livros, formar círculos de leitores, reunir grupos de crianças interessadas num personagem, num autor ou num tema. A biblioteca funciona como uma ponte entre o ambiente escolar e o mundo externo.

De que modo se realiza essa abertura para fora da escola? Perrotti O responsável pela biblioteca tem o papel de articular programas com a biblioteca pública e fazer contato com a livraria mais próxima, além de estar atento à programação cultural da cidade. Há uma série de estratégias possíveis para inserir a criança num contexto letrado. A biblioteca precisa ter outra finalidade que não seja simplesmente a de um depósito de onde se retiram livros que depois são devolvidos. Nós não trabalhamos mais com a idéia de unidades isoladas. O ideal é formar redes, um conjunto de espaços que eu chamo de estações de conhecimento, cujo objetivo é a apropriação do saber pelas crianças.

Qual é a necessidade das redes? Perrotti Com o atual excesso de informações e a multiplicação de suportes, nenhuma biblioteca dá conta de todas as áreas em profundidade, até porque não haveria recursos para isso. O trabalho tem de ser compartilhado com outras unidades da rede, por meio de mecanismos de busca informatizados. Por exemplo: a escola guarda um pequeno acervo inicial sobre arte, mas, se o interesse for por um conhecimento aprofundado, recorre-se a uma biblioteca especializada na área. Hoje não há mais condições de manter o antigo ideal de bibliotecas enciclopédicas, que abarcavam todas as áreas de conhecimento.

Quem deve ser o responsável pela biblioteca? Perrotti Processar as informações e criar nexos entre elas é um ato educativo. O responsável, portanto, é um educador para a informação, que nós chamamos de infoeducador, um professor com especialização em processos documentais. Uma rede de bibliotecas tem uma plataforma de apoio técnico-especializado, que é a área do bibliotecário, um especialista em planejamento e organização da informação. Junto com ele trabalham os educadores, que são especialistas em processos de mediação de informação. Dar acesso ao acervo não basta para que o aluno saiba selecionar e processar informações e estabelecer vínculos entre elas.

De que modo se estimula a autonomia numa biblioteca? Perrotti É preciso desenvolver programas para construir competências informacionais. Isso inclui desde ensinar a folhear um livro — para crianças bem pequenas — até manejar um computador. Antigamente imperava a idéia de que os adultos é que deveriam mexer nas máquinas e pegar os livros na estante. Hoje deve-se formar pessoas que tenham uma atitude desenvolvida, não só de curiosidade intelectual mas de domínio dos recursos de informação. Essa é uma questão essencial da nossa época.

Por que a escola tem falhado em ensinar os alunos a processar informações? Perrotti Porque se acredita que basta escolarizar as crianças para formar leitores. De fato, a escola tem o papel de construir competências fundamentais para a leitura, mas isso não quer dizer formar atitude leitora. Hoje, o que distingue o leitor das elites do leitor das massas é que o primeiro tem um circuito de trocas. Ele participa do comércio simbólico da escrita, da produção à recepção: sabe o que é publicado, informa-se sobre os autores, encontra outros leitores etc. Já a criança da escola pública muitas vezes não tem livros em casa e só lê o que o professor pede. Ela não tem com quem comentar. Está sozinha nesse comércio das trocas simbólicas.

Qual é o mínimo necessário para o funcionamento de uma biblioteca escolar? Perrotti Estou convencido de que é a pessoa que trabalha ali, mediando relações entre a criança, a informação e o espaço. Não precisa ser alguém superespecializado, mas que compreenda a função da escrita e da imagem e que saiba qual é a importância daquilo na vida das pessoas. Assim, a compra de livros seguirá um critério de escolha consciente. É claro que é bom construir um ambiente agradável e funcional, mas não é indispensável, porque a leitura não depende das instalações da biblioteca; ela se dá em qualquer lugar.

Quem deve escolher o acervo? Perrotti Nós temos trabalhado um modelo em que a escolha é feita por todos os que participam dos processos de aprendizagem: professores, coordenadores, diretores e alunos. Formulários são colocados à disposição para que sejam feitas sugestões de compra. O infoeducador não só coleta esses dados como divulga, por meio dos quadros de aviso, as informações sobre lançamentos que saem na imprensa e na internet. Depois, ele vai analisar os pedidos, separá-los em categorias — livros importantes para os projetos em andamento, leituras de informação geral ou complementares etc. — e, com base nessas listas, a escolha é feita de acordo com os recursos disponíveis.

Como comprometer o aluno com a organização e a manutenção da biblioteca? Perrotti Ele participa da escolha do acervo e também pode estar pessoalmente representado nele, por meio de livros que ele escreve e de documentos de sua passagem pela escola. Uma parte do acervo vem da indústria cultural e outra é produzida internamente, com documentos e relatos referentes à história da instituição. Formar um repertório de dados locais cria relações com as informações universais.

Descreva a biblioteca escolar ideal. Perrotti É aquela que possui todo tipo de recurso informacional, do papel ao equipamento eletrônico. O espaço é construído especialmente para sua finalidade e de acordo com quem vai usar. Se o público majoritário é infantil, a disposição dos móveis e do acervo deve permitir que a criança se mova com autonomia. É preciso ser um local acolhedor, mas que empurre rumo à aventura, porque conhecer é sempre se deslocar.

Por que se diz que os jovens não gostam de ler? Perrotti Os interesses mudam na passagem da infância para a adolescência e a leitura que era feita antes já não interessa tanto, mesmo porque cresce a concorrência de outras mídias. Essa é uma transição crítica e ainda não foram definidas ações específicas para promover a leitura nessa faixa etária. Os adolescentes identificam o livro com as tarefas da escola, que reforça essa percepção porque raramente sai da abordagem instrumental da leitura. E no âmbito social, entre os amigos, a leitura não está presente. Mesmo assim, essa fase é a das grandes paixões. Portanto, há um espaço enorme para promover a leitura entre os jovens.

É possível formar leitores por meio de políticas públicas? Perrotti O problema é saber que caráter elas têm. Eu não concordo com estratégias que pretendam ensinar os alunos a gostar de ler. A função do poder público é criar ambientes que dêem condições de ler, tentar despertar as crianças para as potencialidades da escrita, prepará-las para as competências leitoras — enfim, providenciar para que seja constituída a trama que sustenta o ato de ler. Mas gostar de ler é questão de foro íntimo, não de políticas públicas.

A escola deve obrigar um aluno a ler livros e freqüentar bibliotecas mesmo que ele não goste? Perrotti Não se pode deixar de perguntar por que esse aluno não gosta de ler. Ele teve uma relação negativa com a situação de aprendizagem? Ninguém lê em casa? Tem dificuldades de visão? Não domina o código? Não tem circuitos culturais a sua volta? Tudo isso pode e deve ser trabalhado. Agora, se ele teve apoio para experimentar a prática da leitura e prefere fazer outras coisas, não adianta forçar. É claro que não estou falando da leitura funcional, indispensável para a vida diária. Nesse caso, é obrigatório negociar com a criança o "não querer ler".

É melhor ler literatura de má qualidade do que não ler nada? Perrotti A pergunta já supõe que de fato existe uma literatura de má qualidade. Há leitores que são capazes de voar longe com um suposto mau livro, assim como há muitos trabalhos escolares que se utilizam de grandes textos, mas sufocam o interesse de aprender. Por outro lado, não é possível deixar o gosto do leitor imperar sozinho. É fundamental operar mediações entre as crianças e uma literatura que tenha condições de produzir significações importantes.

O uso do livro em sala de aula está em decadência? Perrotti Ele está aquém do que gostaríamos que fosse e também do que seria necessário. Mesmo assim, o livro está entrando nas escolas numa medida que não entrava, nem que seja por meio das distribuições feitas pelo Ministério da Educação e as secretarias estaduais e municipais. Há 50 anos nem sequer se sonhava com isso no Brasil. O problema maior é o de mau uso desses livros, com estratégias impositivas de leitura. Muitas vezes falta penetrar no avesso dos textos com as crianças e realmente mergulhar numa viagem de conhecimento, de imaginação.

Até que ponto as bibliotecas levam ao hábito da leitura? Perrotti Eu participei de uma pesquisa feita com as crianças usuárias das redes de biblioteca que ajudei a implantar no estado de São Paulo. Queríamos saber se elas estão incorporando a leitura a sua prática de vida e não apenas como lição de casa. Qual é a constatação? Houve um grande avanço e as crianças se mostram muito mais familiarizadas com os livros, mas infelizmente ainda não usam as novas competências para trocas culturais. Por exemplo: não têm o hábito de comprar e emprestar livros. A prática escolar não se transferiu para a prática cultural.

Há perspectiva de mudança para essa situação? Perrotti Eu vejo uma tendência de funcionalização. Os meios eletrônicos trouxeram, aparentemente, uma presença maior da escrita, mas o uso que se faz dela é cada vez mais abreviado. Vai-se transformando a língua no elemento mínimo para a transmissão da mensagem. Nós estamos a anos-luz de formar pessoas que, ao cabo do período de escolaridade, vão se relacionar com a escrita como uma ferramenta de conhecimento e de experiências estéticas, numa dimensão não pragmática. Restringir as ferramentas de linguagem a sua função utilitária é retirar de nós mesmos aquilo que nos humaniza — a capacidade de dizer de uma forma articulada. As novas bibliotecas têm de enfrentar essa questão. 


Para refletir

Longe do alcance das mãos




 Dois séculos depois da criação do sistema Braille, livros adaptados para deficientes visuais ainda são caros e de difícil acesso no Brasil
Para a maioria das pessoas, basta entrar em uma livraria ou biblioteca de sua cidade para ter acesso a milhares de títulos, de best sellers como a saga Harry Potter a livros específicos sobre Física Quântica. Apenas em 2009, 22 mil lançamentos e 30 mil reedições encheram as livrarias brasileiras, segundo o balanço anual Produção e Vendas do Setor Editorial, realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Entretanto, a prateleira de livros é bem menor para aquelas pessoas consideradas cegas ou com baixa visão. Em 2010, a maior editora de livros em Braille da América Latina, a Fundação Dorina Nowill, produziu 342 títulos. “O acesso ao livro é precário e sofrível”, classifica Vera Lúcia Zednick, criadora do Projeto Acesso, uma organização sem fins lucrativos que luta pela inserção social e educativa do deficiente visual. Na biblioteca do Projeto Acesso, por exemplo, existem apenas 50 livros em Braille. Segundo Vera, existem pouquíssimos títulos disponíveis em livrarias, cujo catálogo é, em sua maioria, constituído por livros infantis.
Criado no século XIX pelo francês Louis Braille, o sistema de escrita e leitura através do tato revolucionou o mundo dos deficientes visuais. Entretanto, quase dois séculos depois de seu nascimento, livros criados ou adaptados para o sistema ainda são caros e de difícil acesso no Brasil. O último dado disponível sobre o número de cegos e pessoas com baixa visão no Brasil (Censo 2000) aponta que existem 169 mil deficientes visuais no País – dos quais se estima que apenas 10% sejam alfabetizados em Braille.
O custo de produção do livro em Braille é alto – cerca de dois dólares por página – e demora em média três meses para ficar pronto. Como não é possível reduzir ou aumentar o tamanho dos caracteres, como acontece com fontes tipográficas tradicionais, os livros também costumam ficar grandes. Uma página em tinta equivale a quatro páginas de um livro em Braille – assim, um pequeno dicionário da língua portuguesa acaba transformado em 35 grandes volumes.
No caso de Bruno Marques da Silva, de 11 anos, os livros didáticos em Braille para a sexta série ocupam “uma prateleira cheinha” na sua casa. Alfabetizado em Braille desde 2006, Bruno costumava pegar os livros na Fundação Dorina Nowill, onde ficou por dois anos. Hoje, sua maior fonte é a biblioteca da escola. Além dos didáticos, a última leitura em que Bruno mergulhou foi o infanto-juvenil O Dragão Verde, de Maria Clara Machado. “Eu li a introdução em Braille, aí achei legal e peguei o livro.” Com menos entusiasmo, o garoto também fala sobre um livro que não conseguiu ler – o romance Tarzan, escrito pelo americano Edgar Rice Burroughs em 1914. “Eu estava jogando um jogo acessível do Tarzan e me contaram que também tinha um livro. Eu procurei, mas não encontrei.”
A Fundação Dorina Nowill também trabalha com livros falados (audiobooks) e livros digitais. Livros didáticos muito ilustrados ou com fórmulas – como os de Matemática, Física, Química ou Geografia, com mapas – também são preferencialmente adaptados para o Braille. Já obras consideradas de “entretenimento”, como best sellers, clássicos da literatura e revistas semanais, são transformadas em livros falados. Livros universitários e de referência, em geral, são adaptados para o formato digital acessível.
O acesso ao livro didático continua sendo problemático, embora o MEC determine – e arque com metade do valor – que todos os livros didáticos comprados pelo ministério tenham sua versão digital distribuída de forma gratuita para as escolas. Ainda assim, como a adaptação é demorada, no caso de escolas particulares, muitas vezes os pais precisam enviar o material com meses de antecedência – e ainda assim correm o risco de não receber os livros a tempo. Por outro lado, nos últimos anos cresceu o investimento em livros falados e digitais, acessado via computador, com a ajuda de softwares específicos que podem ler trechos, aumentar o tamanho da fonte ou realizar buscas por termos dentro do texto. Esses novos formatos são produzidos mais rapidamente e a um custo menor.
Para Vera Lúcia, houve avanços, mas ainda é preciso afinar o discurso com a prática. Para ela, o livro em Braille ainda é fundamental para o conhecimento e a aprendizagem. “Imagine estudar Química ou História com alguém lendo para você! O discurso está maravilhoso, mas falta a prática”, conclui.
Em São Paulo, as duas maiores fontes de acesso aos livros são a Fundação Dorina Nowill e a Biblioteca Louis Braille do Centro Cultural São Paulo (veja abaixo). Criada pela pedagoga Dorina Nowill em 1946, inicialmente com o nome de Fundação Para o Livro do Cego no Brasil, a entidade tinha como objetivo principal criar e distribuir livros em Braille para que deficientes visuais, como a própria Dorina, pudessem estudar. Hoje, cerca de 70 pessoas trabalham exclusivamente na área editorial da Fundação, que também possui uma gráfica própria, equipada com seis máquinas impressoras. Os livros são distribuídos gratuitamente para escolas e bibliotecas de vários estados do Brasil. Não existe, entretanto, uma biblioteca de Braille própria na Fundação – um exemplar de cada livro é enviado para a Biblioteca Louis Braille, no Centro Cultural São Paulo.

Fonte: http://www.cartacapital.com.br/carta-fundamental/longe-do-alcance-das-maos

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Estágio - Sesi Raposa


O SESI está selecionando estágiarios de bibliteconomia para trabalharem na Cidade de Raposa, na Indústria do Conhecimento.
Valor da Bolsa: R$465,00 + 60,00(auxilio transporte).
Interessados ligar para 3212 -1810 / 3212 – 1817 falar com Camila- IEL.

Aproveitando para divulgar um filme de uma ação proporcionada pelo SESi - Raposa. Parabéns Adriana Kós

Barão de Grajaú ganha nova Biblioteca

O secretário-chefe da Casa Civil, Luís Fernando Silva, o secretário de Estado de Cultura, Luís Henrique Bulcão, e a diretora da Biblioteca Pública Benedito Leite, Rosa Maria Ferreira Lima, inauguram, na terça-feira (29), a Biblioteca Pública de Barão de Grajaú. A abertura do espaço faz parte da programação em comemoração aos 100 anos de fundação da cidade.
Com a inauguração da biblioteca, que passa a integrar o sistema estadual de bibliotecas públicas, cadastrada no sistema nacional, a população de Barão de Grajaú contará com um espaço para o conhecimento e a cultura. Além de acervo bibliográfico doado pelo Ministério da Cultura, o local receberá um kit com 110 livros de autores maranhenses, doado pela Secretaria de Cultura (Secma), via Biblioteca Pública Benedito Leite.
O trabalho de montagem do espaço está sendo coordenado pela diretora da BPBL, Rosa Maria Ferreira Lima. Ela é responsável pela organização e tratamento técnico do acervo, capacitação de pessoal técnico para atendimento de pesquisadores e alunos e instalação de software, que permitirá a automatização do acervo da biblioteca.
Ainda neste primeiro semestre de 2011 serão inauguradas outras 10 bibliotecas municipais no Maranhão. A direção da BPBL já articula a realização da Semana do Livro Infantil, com o tema O Livro Recorda, que acontecerá de 13 a 18 de abril, em comemoração ao Dia Nacional do Livro Infantil - comemorado dia 18, em homenagem ao nascimento do escritor Monteiro Lobato.
Na programação, estão espetáculos teatrais com temática voltada para o livro infantil, oficinas de confecção de livros e concurso de histórias infantis elaboradas por crianças alunas de escolas públicas. Além disso, haverá exposição de 1.000 livros, bingo literário e oficina geopoemas, carro biblioteca, oficina de música e outras atrações voltadas para o livro.
A Semana do Livro Infantil é uma parceria das Secretarias de Estado de Cultura e Educação com os Faróis da Educação. As atividades acontecerão nas Praças Gonçalves Dias, Desterro, Lagoa da Jansen, Santo Antônio e no Viva Vinhais. O encerramento acontecerá no Teatro Arthur Azevedo com espetáculo teatral para alunos da rede pública.

Fonte: http://www.portaldomaranhao.com/Noticias/3260/Barao-de-Grajau-ganha-nova-biblioteca-publica

Denúncia: Biblioteca Municipal de Imperatriz


Imperatriz –Depois de muita briga, e a apropriação por assim dizer do grupo ocupart e a denuncia pelo Fórum de Cultura com descaso do poder público municipal, e com o abandono do prédio virou um covio de marginais e até acontecendo um estupro de uma jovem no lugar.
O secretário Roberto Vasconcelos Alencar, da Infraestrutura, garantiu ontem à reportagem que o prédio da Biblioteca Municipal (rua Simplício Moreira, no Centro) será revitalizado pela Prefeitura de Imperatriz. “Em visita ao local, o prefeito Madeira determinou que fizéssemos um projeto de engenharia para reforma e reestruturação do prédio da Biblioteca Municipal”, conta.
Alencar explicou à reportagem que depois de concluído o projeto, a prefeitura abriu licitação para revitalização do prédio, finalizando o processo legal no começo deste mês. “Já assinamos o contrato com a construtora e repassamos a ordem de serviço para que a obra seja iniciada ainda neste mês”, garantiu.



O secretário observa que a construtora lamentou a falta de mão-de-obra especializada na área de reforma de imóveis em Imperatriz, resultado do processo de desenvolvimento econômico que atravessa a cidade com grandes investimentos na área da construção civil. “A cidade passa por um boom econômico, com escassez de mão-de-obra no setor de edificação”, afirma.
Roberto Alencar assinala que a construtora chegou a solicitar apoio ao Serviço Nacional de Emprego (SINE) e ao Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil para montar o quadro de funcionários que trabalharão na revitalização do prédio da Biblioteca Pública de Imperatriz. “A previsão é que a obra seja iniciada no próximo dia 28”, concluiu. 

Livro na praça em homenagem as mães

As comemorações ao Dia das Mães chega com a caravana do projeto Livro na Praça na comunidade do Rio dos Cachorros, reunindo a criançada na Biblioteca Comunitária Espaço do Saber , próximo à União de Moradores, neste sábado 6, com atividades educativas e culturais das 8h às 12h.
Com o tema voltado para as mães a programação terá a presença do Carro Biblioteca com atividades de: Hora do Conto; jogos educativos; exposição de acervo de 500 livros para manuseio das crianças; oficinas de criatividade com desenhos e pintura; bingo literário; jogos de adivinhações; confecção de livros, cartazes e cartões em homenagem às mães. O projeto é promovido pela Biblioteca Pública Benedito Leite em parceria com a secretaria de Estado da Cultura.
O Livro na Praça desenvolve atividades educativas e culturais em escolas e praças comunitárias de São Luís e interior da ilha, utilizando o carro biblioteca provido de material didático para realização das atividades destinada a crianças e jovens com idade a partir dos 7 anos.
O projeto trabalha as atividades utilizando sempre um tema junto á comunidade de acordo com a temática do mês ou temporada, seguindo o calendário social e civil.
O Projeto Livro na Praça premiado pelo Ministério da Cultura, no ano 2001 existe há mais de 10 anos no Maranhão atuando nas comunidades de Anjo da Guarda, Itapera, Muriaí, Coqueiro, Pedrinhas, Vila Embratel, Mojó, Rio dos Cachorros e Igaraú, atuando em escolas comunitárias, com objetivo de promover e incentivar o gosto pela leitura, sempre levando uma programação que aborda temas voltados para a cidadania, envolvendo crianças do ensino fundamental, de 7 aos 14 anos.

Texto: Mario Ferreira
Foto: Divulgação

Reforma na Biblioteca Municipal de Codó

A Secretaria de Obras está realizando uma reforma na biblioteca municipal Profº Fernando Carvalho que em conseqüência disso está temporariamente desativada. A biblioteca atende cerca de 1.200 estudantes por mês em pesquisas em livros e na internet.
A reforma que já dura pouco mais de um mês está quase concluída, o prédio já recebeu todo o trabalho de pintura e está esperando apenas o trabalho da equipe que fará a manutenção dos computadores, ar – condicionados e ventiladores.
Segundo a diretoria da instituição, a Secretaria de Cultura está providenciando novos  para completar o acervo bibliotecário, pois segundo a diretora da instituição, boa parte do acervo sumiu na reforma realizada na gestão passada. Com a proximidade do início das aulas a reinauguração será o quanto antes para poder dar suporte aos estudantes e os visitantes.


 

Inovações na Biblioteca Digital da UFMA

UFMA NOTÍCIAS

29/04 - 17h12


Inovações na Biblioteca Digital da UFMA

A Biblioteca Digital da UFMA tem como objetivo reunir, tratar, conservar e disseminar, em meio eletrônico, a produção técnico-científica gerada pelos Programas de Pós-graduação da Universidade Federal do Maranhão

A Biblioteca Digital da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) tem agora seu Repositório Institucional registrado no ROAR (Registry of Open Access Repositories) e no OpenDOAR (The Directory of Open Access Repositories), que são organizações mundiais que reúnem, em forma de acesso aberto, os melhores repositores e servem como um filtro de qualidade.

Esse registro possibilita uma maior visibilidade da produção intelectual da instituição, o que contribui diretamente para uma melhor avaliação científica não só local, mas também nacional. “É importante ressaltar que a divulgação de pesquisas feitas na universidade reflete na sociedade também. Essa é uma forma de dar retorno ao investimento feito para a pesquisa, permitindo fácil acesso tanto para a comunidade acadêmica presencial como para o ensino a distância”, é o que reflete Aparecida Cruz, coordenadora da Biblioteca Digital e do Repositório Institucional da UFMA.
Sobre a Biblioteca Digital:

A Biblioteca Digital da UFMA tem como objetivo reunir, tratar, conservar e disseminar, em meio eletrônico, a produção técnico-científica gerada pelos Programas de Pós-graduação da Universidade Federal do Maranhão. Pela web torna-se possível ter acesso ao texto completo das dissertações e teses defendidas nos programas de Pós-Graduação, sendo a mesma integrada a Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do IBICT, em nível nacional, e internacional pela Networked Digital Library of Theses and Dissertations - NDLTD, da Virginia Tech University.
Endereço da Biblioteca Digital da Universidade:

http://www.tedebc.ufma.br/ e do Repositório Institucional: http://www.repositorio.ufma.br:8080/jspui/

Para encontrar a UFMA no ROAR, acesse: http://roar.eprints.org/3710/, e para encontrar a UFMA no OpenDOAR basta pesquisar por país acessando http://www.opendoar.org/index.html


Lugar: ASCOM
Fonte: Camila Carneiro
Notícia alterada em: 29/04/2011

domingo, 8 de maio de 2011

Bibliotecários na literatura

Como havia prometido, depois de um post com personagens bibliotecários centrais em filmes, agora o foco é em livros de ficção, mas tendo no profissional bibliotecário participação contundente nas histórias e não sendo mero coadjuvantes. Segue a lista:

A MULHER DO VIAJANTE DO TEMPO


Sinopse: Este livro narra a história do casal Henry e Clare. Quando os dois se conhecem Henry tem 28 anos e Clare 20. Ele é um moderno bibliotecário; ela, uma linda estudante de arte. Os dois se apaixonam, se casam e passam a perseguir os objetivos comuns à maioria dos casais: filhos, bons amigos, um trabalho gratificante. Mas o seu casamento nunca poderá ser normal.

ASSASSINATO NA BIBLIOTECA

Sinopse: Prepare-se para se surpreender. Assassinato na biblioteca, o novo romance juvenil da escritora e jornalista paulista Helena Gomes, autora de Lobo Alpha, entre outros, é uma bem costurada trama de ação e suspense que prende a atenção do leitor do início ao fim. Mas não é só isso. Com um enredo que vai e volta no tempo, o livro conta uma história de mistério que beira o sobrenatural, no ritmo das narrativas policiais, mas oferece mais do que puro entretenimento: para decifrar o assassinato da bibliotecária do tradicional colégio onde estuda, em Santos, no litoral paulista, o jovem Igor se envolve num intrincado quebra-cabeças e acaba descobrindo muito sobre um período negro da história do Brasil: a ditadura militar.
Novo na cidade, sem conseguir aceitar a morte do pai e o novo casamento da mãe, Igor é o típico adolescente-problema. Em casa, vive trancado no quarto; na escola, tem dificuldade para se integrar com os colegas e passa a maior parte do tempo sozinho na biblioteca, para fugir da chatice das aulas. É justamente numa de suas manhãs na biblioteca vazia, quando na verdade deveria estar em sala, que Conceição, a bibliotecária, é assassinada. O cenário é perfeito para incriminar o menino desajustado. Para provar que não é o assassino, Igor conta com a ajuda de Lara, uma menina-fantasma que mora na biblioteca da escola, local onde foi assassinada, em 1970, período negro do regime militar, quando tinha apenas 14 anos.
Alternando-se entre o crime ocorrido há 38 anos, quando Lara ia encontrar o irmão mais velho, estudante de filosofia da USP envolvido com o movimento estudantil, para entregar-lhe dinheiro para fugir, e os assassinatos que se sucedem à morte da bibliotecária, a trama surpreende o leitor com conexões inesperadas entre os fatos e os personagens a cada capítulo. A história familiar de Igor, a ligação entre a família de Lara e a de Gustavo, padrasto do garoto, a extravagante diretora Eunice, o sinistro vigia da escola, Gilmar, a bondosa e observadora irmã Mariana, professora de português há décadas, o solitário professor de filosofia Luiz, o prestigiado jornalista Henrique Sobral e o delegado Beltrão, todos estão mais envolvidos com as mortes ocorridas no Colégio Santa Maria do que Igor jamais poderia supor.
Com reviravoltas a todo momento, Assassinato na biblioteca é um romance eletrizante que leva o jovem a refletir sobre a história recente do país, mostrando como a tortura e a repressão modificaram as vidas de milhares de pessoas. A autora aborda ainda questões que povoam o universo adolescente, como as dificuldades de relacionamento nas novas estruturas familiares, enquanto envolve o leitor numa atmosfera de suspense que tem um pé na realidade e outro na fantasia, demonstrando grande habilidade narrativa para se comunicar com os jovens. Não pode faltar em nenhuma biblioteca!


A EXCEÇÃO

Sinopse: A politicagem no trabalho pode ser irritante, deprimente ou talvez ridícula. Mas pode resultar em situações caracterizadas por psiquiatras e juristas como assédio moral ou coisa pior. Neste thriller psicológico, Christian Jungersen exibe o apodrecimento das relações profissionais de quatro mulheres e um diretor, funcinários de uma organização européia com finalidades acadêmicas e humanitárias: o Centro dinamarquês de informações sobre Genocídio, em Copenhague.

O MILAGRE


Sinopse: A obra conta a história de Jeremy Marsh um jornalista científico que tem como principal hobby desmascarar supostos eventos sobrenaturais. Bonito, charmoso, bem sucedido, Jeremy faz grande sucesso entre as mulheres, porém, não consegue se engajar em relacionamento romântico algum além da superficialidade da conquista desde que passou por um casamento frustrado, onde grande parte de seus sonhos morreram. As luzes misteriosas do cemitério de Boone Creek fazem com que Marsh, por conta de uma carta de uma moradora, saia de Nova York para passar alguns dias na pequena cidade (fictícia) da Carolina do Norte. O jornalista esperava encontrar apenas uma cidade típica do sul e uma grande mistério para desvendar, porém, jamais imaginava que no pacato local exisita Lexie Darnell,  a charmosa bibliotecária da cidade e neta da autora da carta que levou Jeremy até ali. Lexie perdeu os pais quando era pequena e foi criada pelos avôs. Trabalha na biblioteca da cidade, ama sua profissão e faz questão de assumir uma postura fechada e resistente quanto ao interesse amoroso dos homens já que se decepcionou bastante com suas antigas desilusões amorosas, o que dificulta seu relacionamento com Jeremy. Enquanto tenta descobrir o mistério que envolve as luzes do cemitério da cidade, Jeremy não consegue evitar que sua mente vague para o escritório de Lexie, logo ao lado. A história é clichê, ele se apaixona por ela, faz de tudo para ficarem juntos, mas ela não aceita por medo de sofrer.  No meio do romance entre o jornalista e a bibliotecária encontrei o que mais gosto nos livros do Sparks, os outros personagens divertidos e encantadores que ele cria deixando a história ainda mais interessante. Em O Milagre encontramos Tuly, o idoso e falante dono do posto de gasolina; Rachel, a divertida garçonete; Alvin, o cameraman rockeirão e melhor amigo do protagonista; Doris, avô de Lexie,uma senhora sensitiva e cativante que faz a coisa certa, na hora certa; Rodney, o assistente de xerife super protetor e com uma queda por Lexie; e, claro, o prefeito Gherkin, homem estranho, engraçado e apaixonado pela cidade em que vive.

AS MEMÓRIAS DO LIVRO


Sinopse: Hanna Heat é uma conservadora e restauradora de livros australiana que é chamada para estudar um famoso manuscrito datado do século XV: a Hagadá de Saravejo, um livro religioso dos judeus que possui esplêndidas iluminuras, coisa proibida na religião daquela época. O trabalho da phD de Sydnei é restaurar a misteriosa Hagadá que fora conservada (e salva) por um bibliotecário muçulmano. Porém, ao examinar as páginas desgastadas — sempre sob o olhar de uma armada enorme de seguranças — ela percebe traços que podem revelar muito sobre a história daquela relíquia: a asa de um inseto, um fragmento de pena, manchas avermelhadas, um pêlo branco, cristais de sal, e outros. É através desses elementos que a história daquele livro é construída entre as páginas do romance. A partir das pistas, começam-se a intercalar capítuos que oscilam entre o presente — com os diversos confltos e Hanna; e o passado — em ordem decrescente de data, é contada a história de cada um daqueles traços encontrados na Hagadá. Isso transforma o As Memórias do livro praticamente numa obra de contos, no qual várias pequenas histórias ajudam a elucidar a trama principal para o leitor e, de certa forma, para a própria Hanna, que passa por conflitos secundários com sua mãe, uma médica famosa que nunca perdoara o fato da filha ter seguido a carreira da arte, ao invés da medicina; com o bibliotecário muçulmano, com o qual ela se envolve; com seus amigos pesquisadores, que auxiliam com as análises das pistas; e, por fim, com a revelação de que seu pai fora um grande pintor australiano, cuja morte sua mãe estivera envolvida.

NAS RUAS DE LUANDA, O MEU ROMANCE


Sinopse: Luanda, não é uma cidade qualquer. É a cidade para onde convergem ao longo destes últimos anos todo tipo de pessoas: aventureiros dos quatro cantos do mundo, mas também angolanos vindos de outras partes do país, que trazem para a cidade seus mitos, seus fantasmas e seus medos. Teca, uma moça luandense, é uma das personagens principais da história. Estudante e bibliotecária, filha de um empresário e político rico e bem-sucedido — tinha o futuro a abrir-lhe os braços. Ao lado da rica personalidade de Teca e o seu encanto pessoal atrai Edi — um estudante fabuloso e inteligente. Teca é a jovem dotada das mais belas qualidades: dedicada e trabalhadora, disposta inclusive a lutar quando na festa de seu aniversário o pai é assassinado. Naquela situação trágica Edi resolve juntar-se à Teca para apanharem os culpados. Teca e Edi protagonizam neste romance uma famosa história de amor, crime, vingança e aventura. Mas o cenário original é a fantástica e turística cidade de Luanda. Está agora nas mãos de Teca e Edi garantir que os culpados não escapem... E está nas suas mãos não deixar de ler este emocionante épico luandense repleto de acção e suspense.

BIBLIOTECA


Sinopse: "Qualquer bibliófilo gostará certamente de livros que falem sobre livros. E irá tremer ao reconhecer-se nas palavras doces de amor à literatura. Na paixão violenta que o impele para os livros, qual caçador de sonhos e páginas amarelecidas. Ao ler um livro sobre o amor pelos livros, o bibliófilo irá identificar-se com o narrador ou as personagens literárias. Porque um amante da literatura vive a (da) literatura e sabe que não existe muito mais para além dos livros. Biblioteca reúne 6 contos fantásticos sobre 6 bibliotecas: a virtual, a particular, a nocturna, a infernal, a mínima e a requintada. As personagens, intimamente ligadas aos livros, sofrem mil e uma peripécias à custa do seu encanto pela literatura [...] É impossível não ligar os contos de Biblioteca à ideia borgesiana de ‘Biblioteca de Babel’, onde o mundo está inundado por uma quantidade infinita de livros. Mas nem tudo são rosas: Zoran Zivkovic não nos apresenta o livro como um objecto precioso mas infernal que vai dar cabo da vida aos bibliófilos. Apesar disso, os contos são tão bonitos e magníficos que o leitor depois de começar a ler já não conseguirá parar. "

O GUARDIÃO DE LIVROS


Sinopse: Uma escrava muda conta um segredo guardado durante 200 anos; um escravo apaixona-se por quem não deve; uma carioca leva um português a descobrir as delícias do sexo; um cientista judeu a quem são confiados dois livros raros naufraga nas ilhas Malvinas. Estas são algumas das personagens deste romance, que nos narra a vida de Luís Joaquim dos Santos Marrocos, um bibliotecário hipocondríaco que, em 1811, atravessa o Atlântico rumo ao Brasil acompanhado por 76 caixotes cujo conteúdo era verdadeiramente precioso: no seu interior seguia a Real Biblioteca do Palácio de Ajuda, inicialmente esquecida no cais de Belém aquando da saída apressada da Corte portuguesa para o Brasil em 1808. A chegada ao Rio de Janeiro não foi fácil para Marrocos ao deparar-se com uma cidade onde nada o seduzia, - nem a comida, nem os cheiros, nem o calor - e com uma corte endividada, amante de cerimónias grandiosas e grosseira nos seus costumes diários. Mas tudo mudou quando conheceu Ana de Souza Murça. A autora descreve-nos uma vida rica em acontecimentos inesperados, onde a ironia se mistura com momentos comoventes. Depois do sucesso de O Segredo da Bastarda Cristina Norton volta a deslumbrar-nos com o seu estilo expressivo e inovador assente numa pesquisa histórica séria. Este romance enfeitiçará e prenderá o leitor.

sábado, 7 de maio de 2011

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Arca das Letras no Maranhão

Sempre quando falo do projeto Arca das Letras para colegas bibliotecários a maioria desconhece essa ação do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), então por desencargo de consciencia vou tratar do assunto aqui. O projeto Arca das Letras implementa pequenos espaços de leitura com a doação de uma arca contando com um acervo especifico além de capacitar moradores como agentes de leitura, esse projeto visa levar a leitura para areas de assentamento rural e quilombolas e no Maranhão já foram implantadas mais de 384 arcas. Divulgando alguns vídeos para maior compreensão do projeto e no fim do post link com a lista dos municipios maranhense contemplados com a arca, lembrando que tudo isso esta acontecendo a nossa revelia, vamo refletir sobre.


O Programa de Bibliotecas Rurais Arca das Letras do Ministério do Desenvolvimento Agrário vai implantar 43 bibliotecas em comunidades rurais dos municípios maranhenses  Governador Nunes Freire, Buriti Bravo e Chapadinha. A ação abrange os Territórios da Cidadania Alto Turi e Gurupi, Cocais e Baixo Parnaíba. As solenidades de entrega das bibliotecas (veja programa abaixo) serão realizadas nos dias 25 (Governador Nunes Freire), 26 (Buriti Bravo) e 27 de janeiro (Chapadinha). A equipe técnica do Programa e da Delegacia Federal do MDA no Maranhão também vai capacitar 86 agentes de leitura. Moradores das comunidades, eles ficarão responsáveis pelo empréstimo dos livros e pelo incentivo à leitura.
As bibliotecas chegam às comunidades do Maranhão como  resultado da parceria com as prefeituras municipais, com os sindicatos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais,com  o Instituto Territorium e a Empresa Agrofort,  que fabricaram os móveis-bibliotecas chamados de arcas, onde são acondicionados os livros.
O Arca das Letras, criado em 2003, já implantou 8.040 bibliotecas, capacitou mais de 17 mil agentes de leitura e distribuiu mais de 2 milhões de livros em todo o Brasil. O projeto de incentivo à leitura abrange um milhão de famílias de agricultores familiares, indígenas, quilombolas, ribeirinhos e pescadores.
No Maranhão já foram implantadas 384 bibliotecas do Programa
Arca das Letras e formados mais de 800 agentes de leitura. Eles atuam de forma voluntária em suas comunidades e vêm contribuindo para melhorar os índices educacionais e de leitura de seus municípios e ajudando as ações culturais se desenvolverem. O Arca das Letras congrega uma rede de parcerias que viabiliza os recursos e as condições de instalação das bibliotecas em comunidades rurais. Entre os parceiros estão o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação do Ministério da Educação (FNDE/MEC), prefeituras municipais, governos estaduais, editoras, artistas e o Programa Luz para Todos do Ministério de Minas e Energia.


Links para cadastro de novas arcas e lista com municipios maranhenses contemplados pelo projeto: